A presidenta Dilma Rousseff participou nesta quarta-feira (02.04) da assinatura do contrato de concessão para ampliação, manutenção e exploração do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, conhecido como Galeão, no Rio de Janeiro. O consórcio Aeroportos do Futuro, formado pelas empresas Odebrecht e Changi, vai administrar o aeroporto por 25 anos (prorrogáveis uma vez por até cinco anos) após ter vencido o leilão feito em novembro de 2013 com um lance de R$ 19 bilhões.
“Acredito em duas coisas: na força do Brasil e na sua beleza. Essas duas coisas queremos mostrar na Copa e nas Olimpíadas. Para todos que vierem ao Brasil, garantiremos uma recepção amigável fraterna e alegre, porque é isso que somos. Gostei de uma propaganda que diz: ‘o futebol está voltando para casa’, porque, de fato, os ingleses o inventaram, mas a casa dele é aqui. Por isso, tenho certeza que o Galeão vai ser um símbolo da volta do futebol para casa”, afirmou a presidenta.
Estão previstos investimentos de R$ 5,7 bilhões no aeroporto. Serão 26 novas pontes de embarque e desembarque, 1.850 vagas de estacionamento, já em 2015, e 2.640 vagas até o fim da concessão. Além disso, estão previstas a ampliação do pátio de aeronaves e a construção de sistema de pistas independentes.
“Entre 2006 e 2013, o número de passageiros por ano no Galeão passou de 9 milhões para 17 milhões, um crescimento de 10% ao ano. Significa uma pressão por oferta de maior qualidade, daí porque nós começamos já a executar algumas obras (…) daí porque, dentro da política de concessão os aeroportos se destacaram, Galeão, Confins, nessa última etapa, mas também, o de Brasília e os dois de São Paulo, Viracopos e Guarulhos, além do aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Esses seis fazem parte do processos de concessão, resposta ao desafio de transformar radicalmente as condições de funcionamento do aeroporto”, afirmou a presidenta.
Outras melhorias no Galeão serão imediatas, como a reforma dos banheiros, as sinalizações e acesso gratuito à internet (wi-fi). A expectativa é que o terminal comporte 60 milhões de passageiros por ano, em 2038, fim do período de concessão.
A concessionária terá 51% de participação no terminal, enquanto a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) é sócia do negócio com 49%. Após a assinatura do contrato, haverá um período de transição de 150 dias, no qual a Infraero continuará a administrar o aeroporto, acompanhada pela concessionária.
Após esse período, a vencedora do leilão assume as operações do aeroporto em conjunto com a Infraero por mais três meses (prorrogável por mais três meses). Depois dessa fase, a concessionária assume a totalidade das operações do aeroporto.
Indicadores
Além dos investimentos obrigatórios, o governo federal estipulou 32 Indicadores de Qualidade de Serviço (IQS) que contemplam diversos aspectos de qualidade do serviço prestado no aeroporto, como a disponibilidade de assentos, elevadores e escadas rolantes.
A avaliação da qualidade do serviço será feita pela aferição de indicadores objetivos e por meio de uma pesquisa de satisfação realizada com os próprios usuários. Os resultados obtidos poderão ter impacto no reajuste das tarifas recebidas pelo operador aeroportuário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário