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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Para Ziraldo, estádios da Copa têm importância física e imaterial



O cartunista Ziraldo está animado com a Copa do Mundo. Dessa vez, ele torce para ser bem diferente do Mundial de 1950, para espantar da memória o sentimento de frustração pelo título não conquistado pela Seleção Brasileira naquela ocasião. Ele estava no Maracanã naquele 16 de julho de 1950, na partida decisiva, em que os uruguaios levaram a melhor. Para ele, os 12 estádios construídos têm uma importância imaterial, que transcende o futebol, por dar oportunidades à criatividade do povo brasileiro. O cartunista visitou, na última semana, o Estádio Nacional Mané Garrincha, e concedeu uma entrevista ao portal Brasília na Copa.

Copas do Mundo anteriores

Estive no Maracanã na final de 1950, naquele vexame. Vi também o Brasil ganhar da Espanha por 6 x 1, no mesmo campeonato e no mesmo estádio. Desde então, acompanhei todas as edições da Copa, mas pela televisão.

Sobre o Mané Garrincha

Estou impressionadíssimo! Nunca tinha entrado nesses estádios novos, feitos para a Copa de 2014. Me explicaram ali, na beira do campo, que existe uma iluminação especial para um pedaço do gramado onde não bate sol com frequência. Olha que incrível, fotossíntese artificial! (risos) Outra coisa que me deixou impressionado foi a ventilação. Tem a ver com o projeto, a arquitetura. Parece que estamos no ar-condicionado, mas é vento natural, uma beleza. O gramado está um brinco, o acabamento, os vestiários, é tudo incrível. Nem sei o que elogiar.

Importância do Mundial para o país

Sempre fui a favor da Copa, dos estádios, de trazer tudo isso para o Brasil. Nunca caí nesse discurso dos que fazem oposição. Esse papo de que “investimos em Copa e não em educação” é coisa de quem não tem a menor consciência política. Os estádios têm importância imaterial, pelo que significam para o país inteiro. Eles mostram que estamos em um país sério, que construiu 12 estádios como esse. Arenas que vão durar muito, como as arenas romanas que vemos até hoje. A vivacidade do Mané Garrincha é prova disso. Esse estádio jamais será um elefante branco. Acabei de saber que quase 700 mil pessoas estiveram aqui em 10 meses. Isso vai acontecer em Manaus, em Salvador, em todo o país.

O que fica para depois

O Brasil é um país jovem, todo mundo ainda está inventando. Há muito por fazer no país. Os brasileiros estão em busca de ganhar dinheiro, de trabalhar. Nosso povo é criativo e jovem, e agora, temos espaço para “inventar moda”. Minhas esperanças são para mim mesmo. Espero viver bastante, ver um pouco desse futuro. Já vivi o básico, mas quero mais dez anos, para ver no que vai dar esse país.

Fonte: Portal Brasília na Copa

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