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segunda-feira, 24 de março de 2014

Empresas do Distrito Federal já festejam impacto positivo da Copa do Mundo





Levantamento do Sebrae-DF aponta cerca de 17 mil micro e pequenos empresários beneficiados pelo Mundial e 58,3 mil novos empregos diretos e indiretos até o fim de 2014
De acordo com levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF), a Copa do Mundo já começou para as empresas do Distrito Federal. O Sebrae aponta 539 oportunidades relacionadas ao Mundial para os empresários do DF. Serão cerca de 17 mil micro e pequenos empresários beneficiados, e 58,3 mil novos empregos diretos e indiretos até o fim de 2014. Brasília receberá sete jogos válidos pelo torneio, no período de 15 de junho a 12 de julho.
Entre os empresários que apostam no Mundial está Alexandre Ferreira, 23 anos, dono de uma loja de chocolates no Sudoeste. A empresa prepara oito receitas especiais, com bombons que fazem referência a sete das 32 seleções que disputarão a taça de campeão. “Convoquei um chefe chocolatier para me ajudar, e elaboramos um cardápio voltado para brasileiros e turistas internacionais”, explica Alexandre.
O Brasil será representado por dois elementos: uma fruta do cerrado (pequi) e uma bebida típica (caipirinha). Os bombons franceses terão recheio de champanhe. Os mexicanos, de chocolate com pimenta. A homenagem se estende ainda à Espanha (damasco), Itália (pistache), aos Estados Unidos (mirtilo) e Argentina, com pequenos alfajores de doce de leite importado.
Além do sabor característico, as bandeiras dos países aparecem impressas em cada bombom. “O nosso foco é atender à rede hoteleira e às multinacionais nos próximos 100 dias para que esteja tudo pronto na chegada dos turistas. É um diferencial, um agrado que relaciona o Brasil ao país de origem desses clientes”, explica Alexandre, que também planeja vender o produto diretamente ao consumidor final.
Ritmo sustentável
Segundo o presidente da Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Adelmir Santana, a atividade econômica dos setores considerados estratégicos – hospitalidade, alimentação, artigos esportivos e artesanato, por exemplo – vem crescendo em ritmo sustentável há alguns anos, já em função do Mundial. “Em junho de 2013, tivemos um jogo da Seleção Brasileira e praticamente lotamos os hotéis. Desta vez, serão sete partidas, ou seja, um movimento ainda maior”, prevê Adelmir.
Na semana da partida entre Brasil e Japão pela Copa das Confederações 2013, entre 10 e 16 de junho, os hotéis, bares e restaurantes da capital federal registraram ocupação média de 85%, segundo levantamento da Fecomércio-DF. Os números impressionam, na visão de Adelmir, porque fogem à particularidade do mercado hoteleiro no DF. “Por ser o centro político do país, nossos hotéis ficam mais cheios entre terça e quinta-feira, quando há atividade no Congresso Nacional. Com os eventos, estamos conseguindo ocupar os leitos também no fim de semana. É uma maravilha para o setor”, exalta.
Trajes temáticos
Quem também já entrou no clima da Copa do Mundo foi a empresária Mara Pereira, sócia-administradora de uma fábrica de uniformes do Distrito Federal. A empresa passou a produzir trajes temáticos para profissionais que farão o atendimento e a recepção dos turistas.
Há pouco mais de um ano em funcionamento, a empresa já se prepara para triplicar a linha de produção. “Vamos fechar 2014 com mais de 100 costureiras, isso sem contar o pessoal de acabamento”, conta Mara. Ela direcionou a empresa para customizar acessórios complementares, como bandanas, gravatas, lenços e echarpes. “Assim, os micro e pequenos empresários de pequeno porte podem se enfeitar para a Copa e gastar pouco. Temos o traje completo, mas o empregador não precisa trocar peças mais caras como ternos e vestidos”, ressalta.
Competitividade
“A gente trabalha a Copa do Mundo como um mote. Não estamos preparando as empresas apenas para o evento, mas para que os empresários passem pelo evento e saiam, do outro lado, com outra qualidade”, explica Jackeyline Reis, coordenadora do programa Sebrae 2014 no DF.
O serviço de apoio trabalha, hoje, com mil empresas em todo o Distrito Federal, estimulando a competitividade dos micro e pequenos empreendedores para os grandes eventos. Apenas em 2013, as empresas parceiras do programa geraram faturamento de R$ 19 milhões. “Nossos esforços não começaram no mês da Copa e também não acabam logo após o evento. Vamos triplicar a produção para o Mundial, a intenção é manter essa demanda ativa”, conta Alexandre Ferreira.

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