Em preparação para a Copa do Mundo, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar e agentes da Divisão de Operações Especiais (DOE) da Polícia Civil fizeram uma simulação de operações de segurança nesta quarta-feira (19.03), no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.
Durante o treinamento, os agentes de segurança demonstraram como será a atuação em situações extremas de risco em grandes eventos. O Bope simulou uma tentativa de sequestro a um jornalista que trabalhava à beira do campo durante uma partida. Três alvos, que representavam criminosos com armas de fogo, foram atingidos por atiradores de elite do batalhão. Na sequência, um quarto “suspeito” com uma faca foi imobilizado por homens da tropa.
A “vítima” foi retirada em segurança pelas saídas do campo. O Bope também treinou a descida de policiais do helicóptero do batalhão, por meio de técnicas de rapel. Em uma manobra complexa, a aeronave adentrou o estádio através do anel central da cobertura.
A operação seguinte envolveu o resgate de uma autoridade internacional convidada a dar o pontapé inicial de uma partida de futebol. Após outro tiro perfeito de um sniper (atirador de elite) da Polícia Civil, 12 agentes do DOE entraram rapidamente em ação para garantir a segurança do perímetro ao redor do helicóptero, que pairou a apenas um metro do chão para a retirada da autoridade.
Treinados para atingir alvos a 150 metros de distância, os snipers atiraram a 132 metros no Mané Garrincha, que vai receber sete jogos do Mundial. “Essa questão de segurança em estádio é muito nova, ela veio com a Copa do Mundo. Então, tivemos a oportunidade de conhecer as posições de tiro e como eles atuam no estádio. Isso nos deu muitos elementos para poder aplicar aqui”, afirmou o agente da Polícia Civil Honney, atirador de elite da corporação há sete anos.
Troca de experiências
O treinamento é parte do intercâmbio realizado entre as forças policiais do Brasil e da Alemanha, e foi acompanhando por jornalistas e representantes do governo alemão e da Embaixada da Alemanha no Brasil. A troca de experiências começou em outubro, com um curso de treinamento para 10 policiais civis e militares do Distrito Federal em Hanover, na Alemanha. O presidente da Câmara Federal alemã, Stephan Weil, veio a Brasília e aproveitou para chutar algumas bolas rumo ao gol do Estádio Mané Garrincha.
O treinamento é parte do intercâmbio realizado entre as forças policiais do Brasil e da Alemanha, e foi acompanhando por jornalistas e representantes do governo alemão e da Embaixada da Alemanha no Brasil. A troca de experiências começou em outubro, com um curso de treinamento para 10 policiais civis e militares do Distrito Federal em Hanover, na Alemanha. O presidente da Câmara Federal alemã, Stephan Weil, veio a Brasília e aproveitou para chutar algumas bolas rumo ao gol do Estádio Mané Garrincha.
“A Alemanha é o berço das operações especiais, que começaram justamente após os atentados em Munique, na Olimpíada de 1972”, explicou o tenente do Bope Rogério Nogueira, que comandou a demonstração. “Além disso, o país recebeu a Copa em 2006 e desenvolveu ações específicas para os estádios. São procedimentos que já realizávamos aqui, mas é importante trocar informações sobre a prática das corporações dos dois países”, disse.
Para o tenente-coronel Agrício, comandante do Bope, as técnicas são fundamentais para a atuação no Mundial, mas representam, principalmente, um legado para a segurança pública do Distrito Federal. “O treinamento serve para qualquer situação de resgate de reféns e para solucionar conflitos graves em locais com grande aglomeração de pessoas”, destaca o comandante. “O curso não é voltado apenas para a Copa do Mundo, esse aprendizado se reflete em todas as ações articuladas pelas equipes de operações especiais”, acrescentou o agente Dantas, do Departamento de Operações Especiais (DOE) da Polícia Civil.
As equipes de Operações Especiais só atuarão em situações de extremo perigo dentro do estádio. Durante o Mundial, a primeira resposta em segurança será dada pelos stewards (seguranças privados), seguida da atuação do Batalhão de Choque da PM em casos mais graves. Bope e DOE são requisitados em “último caso”, para ocorrências de gravidade extrema.
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